quarta-feira, 20 de abril de 2011

Casuarina e Bangalafumenga


Aproveitando que o Casuarina e o Bangalafumenga vão estar juntos no Baile de Aleluia da Fundição Progresso/2011. Então, faço aqui postagem sobre estes dois grupos destaques de nossa MPB.

BAILE DE ALELUIA COM CASUARINA E BANGALAFUMENGA

Tradição retomada pelos cariocas no ano passado, o Baile de Aleluia da Fundição Progresso será no sábado, dia 23 de abril, ao som de CASUARINA, vencedor do Prêmio da música brasileira 2010 na categoria “melhor grupo de samba”, e BANGALAFUMENGA, o também premiado bloco/banda comandado por Rodrigo Maranhão. A noite terá ainda o ritual tradicional da “malhação de Judas”, que será feita pelo público até pouco antes da meia-noite.

CASUARINA, o melhor grupo de samba do Brasil e um dos principais expoentes da nova geração sambista, mostra canções do disco “MTV apresenta: Casuarina” (Superlativa / Sony Music). No repertório canções como “É isso aí”, de Sidney Miller, “Canto do Trabalhador”, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira, “O Dia se Zangou”, de Mauro Diniz e Ratinho, “Senhora Liberdade”, do mestre e padrinho do grupo Wilson Moreira, entre outros gratos ‘achados’ no baú do samba. As autorais “Certidão”, de João Fernando e João Cavalcanti e “Vaso Ruim”, de Gabriel Azevedo e Diego Zangado, também estão garantidas, seguidas por pérolas como “Chiclete com Banana”, de Gordurinha e Almira Castilho, e “Canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes.




BANGA, ou “Banguinha”, para os íntimos, nasceu como bloco de carnaval no verão de 98, e foi aos poucos ganhando espaço na zona sul, onde as apresentações acabavam em grandes festas nas ruas. Com o sucesso do carnaval surgiu a banda BANGALAFUMENGA, com um som dançante e uma linguagem poética simples. Na estrada com o show do CD “Barraco Dourado”, vencedor do Prêmio da música brasileira como melhor disco de Pop Rock em 2009, o grupo inclui no repertório “Chapéu Mangueira” e “Mãe d´Água”, todas de Rodrigo Maranhão.


Como de costume, os sets se encerram com cirandas como “Sexta-feira/Bonfim” (Márcio de Dona Litinha) e “Ciranda do Mundo” (Edu Krieger), entre outras.

SERVIÇO - CASUARINA E BANGALAFUMENGA
Dia 23 de abril/2011, sábado
Rua dos Arcos, 24, Lapa – Rio de Janeiro
Tel.: (21) 2220-5070
Site: http://www.fundicaoprogresso.com.br/
E-mail: contato@fundicao.org
Abertura da Casa: 22h
Início do show: Meia-noite
Classificação etária: 18 anos
Capacidade: 1500 pessoas

CASUARINA

Criado em setembro de 2001, o Casuarina é um dos principais grupos da nova cena carioca de samba e choro. Composto por Daniel Montes (violão 7 cordas), Gabriel Azevedo (percussão e voz), João Cavalcanti (percussão e voz), João Fernando (bandolim e voz) e Rafael Freire (cavaquinho e voz), o grupo faz parte de uma geração que, carente dos gêneros mais tradicionais e representativos da música popular brasileira, começou a ouvir, pesquisar e consumir os sambas que um dia construíram a identidade musical brasileira, mas que há muito tempo estavam desprestigiados.

Essa geração de músicos, produtores e admiradores do samba e do chorinho fez renascer no público do Brasil o gosto pelo mais brasileiro dos ritmos. Grupos musicais começaram a surgir e, com base no trabalho de compositores geniais, a evidenciar um repertório que faz parte do imaginário popular de todos, com uma pitada de novidade nos arranjos e na produção.


A Lapa, principal reduto boêmio carioca da primeira metade do século XX, voltou a varar as noites regada a cerveja gelada e canções de Cartola, Jacob do Bandolim, Chico Buarque, Nelson Cavaquinho, Ataulfo Alves, Ary Barroso, Zé Keti, Waldir Azevedo, Nei Lopes e tantos outros criadores, antigos e contemporâneos.

À frente deste grupo de bambas, o Casuarina percorreu (e percorre) as principais casas de show, não só do bairro, mas de todo o Rio, como Ballroom, Carioca da Gema, Rio Scenarium, Fundição Progresso, Dama da Noite e Circo Voador, além de ter tocado em grandes eventos, como o projeto Roda de Samba e os Carnavais de 2003 e 2004, na Lapa - ambos promovidos pela prefeitura do Rio - além da edição de 2004 do Samba no Trem, que reúne a nata do gênero para celebrar o Dia Nacional do Samba, 2 de dezembro.

Em seus shows, o Casuarina já teve convidados como Arlindo Cruz, Wilson Moreira, Lenine, Walter Alfaiate, Noca da Portela, Délcio Carvalho, Luis Carlos da Vila, Marquinhos de Oswaldo Cruz, além das baterias da Portela e da Imperatriz Leopoldinense.


O disco de estréia, "Casuarina" (2005), faz um apanhado de algumas das melhores canções do repertório do grupo, em uma parceria com a gravadora Biscoito Fino. Por este trabalho, o Casuarina foi indicado ao Prêmio TIM na categoria "Melhor Grupo de Samba" e recebeu o Prêmio Rival BR como "Melhor Grupo".

"Certidão", o segundo disco do Casuarina, saiu no final de 2007, em nova parceria com a Biscoito Fino. Mais que um disco de samba, um trabalho autoral: das 14 faixas presentes no CD, dez foram compostas por seus integrantes.

MTV Apresenta: Casuarina - 2009 (Sony Music) / CD e DVD.


  • Participações em outros discos

Cantos do Rio de Janeiro - 2007 (Biscoito Fino)
Da Lapa - 2007 (Biscoito Fino)
Cidade do Samba - 2007 (Zecapagodiscos) / CD e DVD
Estação Lapa - 2007 (Deckdisc)
Um Barzinho, Um Violão - Novela 70, Capítulo 2 - 2008 (Universal Music) / CD e DVD
Samba Social Clube - Volumes 1 e 2 - 2008 (EMI) / CD e DVD
Samba Social Clube - Volume 3 - 2009 (EMI) / DVD


BANGALAFUMENGA


Conjunto carioca formado por Rodrigo Maranhão (cavaquinho, voz e composições), Thiago Di Sabbato (baixo), André Moreno, André Bava e Dudu Fuentes (percussões), foi criado em 1998, derivado de um bloco carnavalesco. (Fundado em 1998 pelo poeta e letrista Chacal e pelos músicos Rodrigo Maranhão e Celso Alvim, o Bangalafumenga é quase um primo, um irmão, de Pedro Luís e a Parede(PLAP) - Inclusive, um dos grandes sucessos do PLAP, Rap do real, estava no disco de estréia do bloco, gravado ao vivo em 2001).
O bloco originou-se em um projeto de shows que ocorriam semanalmente no Planetário da Gávea (RJ), juntando um conjunto de samba a artistas convidados, como Fernanda Abreu, Walter Alfaiate e Lenine.
Misturando funk, samba e outros ritmos tipicamente cariocas, conquistaram fãs em suas apresentações, alguns deles ilustres, como Fernanda Abreu e Zélia Duncan, que mais tarde compuseram músicas em parceria com Rodrigo Maranhão ("Baile da Pesada", com Fernanda, e "Chicken de Frango", com Zélia). Além disso, Maranhão também assina com Pedro Luís a parceria de "Rap do Real", do disco "É Tudo Um Real", de Pedro Luís e a Parede.
Onze anos depois das primeiras batucadas (eminentemente carnavalescas), o grupo lança seu novo álbum Barraco Dourado, em que aposta de novo no samba-funk como linguagem para veicular uma música autoral num subgênero já marcado por nomes do peso como Jorge Ben Jor.
O Bangalafumenga (João Ninguém no dicionário e casa de batuque no dizer do Rio Antigo) começou por iniciativa do poeta Chacal e dos músicos Rodrigo Maranhão e Celso Alvim. Começou como um espaço de samba puro e improviso de contorno pop na Gávea.
Virou bloco carnavalesco no mesmo ano, já na efervescência do resgate do carnaval de rua que a cidade experimentava. Virou também rodas de samba, bailes e ganhou espaço fixo em Botafogo, onde já rolam oficinas de percussão que agregam cerca de cem alunos.
Por trás dessa movimentação, o desejo de fazer música com um sabor antigo, mas com elementos novos e, principalmente, autorais. O grupo hoje conta com 15 integrantes fixos, mas na costura principal dessa escrita própria está Rodrigo Maranhão, cantor, compositor e instrumentista. Ele ganhou um pouco de luzes quando foi destacado como revelação do Prêmio Tim.
Antes disso já ganhara um Grammy de melhor canção brasileira por Caminho das Águas (música que entrou no segundo disco da filha de Elis Regina, Maria Rita). Mas ele já vinha se destacando entre seus pares, sendo gravado por Verônica Sabino, Fernanda Abreu, Zélia Duncan, Maria Rita, Roberta Sá e outros.

Depois das primeiras experimentações, o grupo lançou seu primeiro disco, homônimo, em 2001. O CD já trazia as mesclas de bateria de escola de samba misturadas a instrumentos da música pop a serviço de samba-funk e nordestinidades como ciranda e maracatu.
Parte das músicas do primeiro disco, lançado de forma independente e de restrita circulação, ganhou novas chances num EP lançado três anos depois. Melhor produzido, o EP Vira-lata saiu pelo selo do festival Humaitá Pra Peixe com distribuição da EMI, um ensaio para a grande indústria ver se o grupo pegava.

Barraco Dourado mantém a qualidade das composições e arranjos do grupo e acrescenta algumas boas novidades. O CD é enxuto mas integrado (10 faixas), apesar da variação e dinâmica de temas e referências. A maioria das faixas foram feitas por Rodrigo Maranhão, que figura também como vocalista principal.

Refizeram Lourinha Bombril (famosa com os Paralamas do Sucesso) e uma excelente versão de Trilhos Urbanos (Caetano Veloso) em levada de jongo.

FONTE

Biscoito Fino

Wikipédia

Samba e Paixão

Cliquemusic

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