Sua primeira composição editada foi o samba Água de coco (com Antônio Vertulo), em 1923.
Transferiu-se para o bairro do Estácio, onde conheceu Bide, com quem compôs algumas músicas. Por essa época, iniciou curso de engenharia, que logo abandonou pela medicina.
Em fins de 1929, organizou o Grupo dos Enfezados, do qual participava como cantor, integrado por Sátiro de Melo (violão), Nelson Boina (cavaquinho) e Mesquita (violão). Por influência de Eduardo Souto, o grupo gravou dois discos, na Odeon, em 1930. Formou-se médico em 1931 e especializou-se em homeopatia. Em 1933, como cantor, gravou As Brabuleta (de sua autoria), na Columbia.
Em parceria com Nássara, em 1934 fez a marchinha Tipo sete, cujo tema era o mercado do café, que, gravada por Francisco Alves na Odeon, obteve o primeiro lugar no concurso da prefeitura naquele ano.
Em 1935, conheceu João de Barro, através do editor Mangione, que os convidou para musicar o filme carnavalesco Alô, alô, Brasil, do norte-americano Wallace Downey.
A partir de então, tornaram-se parceiros constantes e, ainda em 1935, lançaram sua primeira composição, Deixa a lua sossegada, gravada por Almirante.
Juntos, continuaram a trabalhar em cinema, como autores de trilhas sonoras de vários filmes carnavalescos e, às vezes, como diretores e argumentistas. Entre os filmes de que participaram, como argumentistas, destacam-se, além de Alô, alô, Brasil (1935), Estudantes (1935), com direção de Wallace Downey, e Alô, alô, Carnaval (1936), com direção de Ademar Gonzaga.
Tendo ainda João de Barro como parceiro, em 1935 compôs Seu Libório, choro gravado em 1941 por Vassourinha, na Columbia.
Também de 1935 é a marcha junina Sonho de papel (com João de Barro), grande sucesso, que fez parte da trilha sonora do filme Estudantes; e foi gravado por Carmen Miranda em 1935 na Odeon.
Em 1937 compôs Cachorro vira-lata, samba-choro gravado por Carmen Miranda.
Em 1938, compôs Yes! nos temos bananas... (com João de Barro), gravada por Almirante, na Odeon (regravada em 1967 por Caetano Veloso, na Philips); do outro lado desse mesmo disco, Almirante interpretou sua marcha Touradas em Madrid (com João de Barro), e ambas foram grande sucesso no Carnaval de 1938.
Touradas em Madrid chegou a vencer um concurso carnavalesco em 1938, mas a competição foi anulada sob a alegação de que se tratava de um paso doble e, portanto, de música estrangeira. Em seu lugar, venceu a música Pastorinhas (João de Barro e Noel Rosa).
Em 1943, continuando a parceria com João de Barro, fez a marcha China Pau, gravada por Castro Barbosa.
Em 1946, o cantor estreante Dick Farney lançou, pela Continental, o samba-canção Copacabana, um dos maiores sucessos da dupla João de Barro e Alberto Ribeiro. Copacabana também foi regravada por interpretes como Elza Soares, Sarah Vaughan, Tom Jobim, Emilio Santiago, Eduardo Dusek...
DICK FARNEY - "Copacabana" (João de Barro & Alberto Ribeiro) 1972
Existem praias tão lindas cheias de luz
Nenhuma tem o encanto que tu possues
Tuas areias, teu céu tão lindo
Tuas sereias sempre sorrindo
Copacabana princezinha do mar
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E a tardinha o sol poente
Deixa sempre uma saudade na gente
Copacabana o mar eterno cantor
Ao te beijar ficou perdido de amor
E hoje vive a murmurar
Em 1948, a marcha Tem gato na tuba (com João de Barro) obteve grande êxito, na voz de Nuno Roland, e, no ano seguinte, Chiquita bacana, da mesma dupla, gravada por Emilinha Borba, foi uma das músicas mais cantadas do Carnaval.
Em 1956, o compositor lançou um LP de dez polegadas, pela Continental, chamado Aviso aos navegantes, em que interpretou 16 músicas de sua autoria, todas de cunho social.
Por problemas cardíacos, em 1959 aposentou-se como médico, profissão que exercia em caráter humanitário, cobrando preços simbólicos pelas consultas.
Em Janeiro de 1967, prestou depoimento sobre sua vida ao Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro.
Alberto Ribeiro faleceu em 10.11.1971 deixando uma obra espantosa com mais de 400 composições.
Em parceria com João de Barro, o Braguinha, Alberto Ribeiro compos algumas da mais famosas marchas carnavalescas e juninas do Brasil. São de sua autoria, entre outras:
"Sonho de Papel", gravada por Carmen Miranda em 1935
"Yes! nós temos bananas" - gravada por Almirante em 1938 e regravada em 1967 por Caetano Veloso, e tantos outros interpretes...
"Touradas em Madrid" também com Almirante em 1938
"Tem Gato Na Tuba" com Nuno Roland em 1948
"Chiquita Bacana" com Emilinha Borba em 1949 que foi a música mais cantada no Carnaval daquele ano.
Alberto Ribeiro tornou-se o nome de rua no Jardim Botânico (bairro do Rio de Janeiro).
FONTE
WIKIPÉDIA
Collector's
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